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Ansiedade e depressão: como elas se relacionam?



Durante muito tempo, falar sobre ansiedade e depressão era um verdadeiro tabu. Hoje, com a mudança de comportamento da sociedade e a preocupação cada vez maior em relação à saúde mental da população, ambos os transtornos se tornaram pautas frequentes em rodas de conversa.


É muito comum que as pessoas sofram de ansiedade e depressão ao mesmo tempo, mas vale ressaltar que isso não é uma regra.


Entender as diferenças entre ansiedade e depressão é fundamental, afinal, embora tenham características semelhantes, é preciso ter em mente que não são a mesma coisa.


Levando em consideração que o Brasil é o país mais ansioso do mundo e com maior número de casos de depressão da América Latina, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), discutir a ansiedade e a depressão a fim de disseminar conhecimento sobre o assunto é uma obrigação de trabalham na área.


Continue a leitura para saber como a ansiedade e a depressão se relacionam. Neste artigo, você verá:

  • O que é ansiedade?

  • O que é depressão?

  • Como a ansiedade e depressão se relacionam?

  • Quais são as diferenças entre ansiedade e depressão?

O que é ansiedade?


De maneira resumida, a ansiedade é uma reação do nosso corpo e mente perante situações que geram medo, desconforto ou expectativa.


Sim, é completamente normal se sentir ansioso antes de uma prova importante, de uma viagem ou de uma mudança simples, como mudar de casa, por exemplo.


A grande questão é quando a ansiedade passa a afetar o indivíduo de tal forma que ele não consegue desenvolver mais atividades simples do dia a dia. Nesse caso, a pessoa passa a sofrer por antecipação e começa a ter muito medo do futuro.


Listamos alguns dos principais tipos de transtorno de ansiedade:


  • TAG (transtorno de ansiedade generalizada): preocupação excessiva e análise minuciosa de cada situação;

  • Fobia social: preocupação em ter que interagir com pessoas que não se sente confortável e medo de situações comuns do dia a dia;

  • Síndrome do pânico: Síndrome do pânico: crises intensas de medo e mal-estar geral;

  • Agorafobia: medo de situações e lugares que são capazes de gerar impotência;

  • TOC (transtorno obsessivo-compulsivo): medos irracionais e pensamentos obsessivos que geram comportamentos compulsivos.


Vale ressaltar que os sintomas variam de acordo com o diagnóstico. Contudo, no geral, existem alguns físicos e psíquicos muito comuns, como estes:


  • Taquicardia;

  • Palpitações;

  • Agitação de pernas e braços;

  • Náuseas e vômitos;

  • Irritabilidade;

  • Insônia;

  • Medo constante;

  • Sensação de que vai perder o controle ou algo ruim vai acontecer;

  • Desrealização, que é o sentimento de desconexão com os seus ambientes;

  • Despersonalização, que é a sensação de ser um observador externo em sua própria vida.

O que é depressão?


A depressão pode ser caracterizada como uma tristeza profunda e sem fim, sempre relacionada a sentimentos de baixa autoestima, culpa e desesperança. Trata-se de uma doença psiquiátrica crônica e recorrente.


Antes de abordarmos mais sobre a depressão, é essencial enfatizar que ela é diferente da tristeza transitória, que geralmente é provocada por situações difíceis, como a morte de um ente querido, um divórcio ou término de relacionamento.


É claro que situações como essa causam tristeza. Mas, diferente da depressão, é possível encontrar maneiras para lidar com esse sentimento. Por outro lado, quem tem a doença, não consegue fazer com que a tristeza desapareça e, pior, não sabe como lidar com ela.


O senso de humor da pessoa com depressão fica oprimido e ela perde o interesse em realizar atividades que antes considerava prazerosas. A depressão faz com que o indivíduo sinta que não há nada que possa ser feito para aliviar a dor, ou seja, não há perspectivas positivas.


Além do constante estado deprimido, a depressão também tem outros sintomas:


  • Problemas de sono (sonolência excessiva ou insônia);

  • Alterações de peso;

  • Fadiga constante;

  • Culpa excessiva;

  • Problemas psicomotores, como apatia psicomotora ou agitação;

  • Dificuldade de concentração;

  • Alteração da libido;

  • Baixa autoestima;

  • Ideações suicidas.

Como a ansiedade e depressão se relacionam?


Como falamos no início deste artigo, é muito comum que a mesma pessoa seja diagnosticada com ansiedade e depressão. Em muitos casos, o indivíduo com depressão passa a apresentar sintomas ansiosos, e vice-versa.


Quem é muito ansioso, principalmente quando falamos dos casos de ansiedade crônica e incapacitante, é comum que, com o passar dos anos, a pessoa desenvolva um quadro depressivo justamente por conta do desgaste emocional e físico.


Nesses casos, a ansiedade pode causar frustração e, consequentemente, a frustração gerada por não conseguir realizar atividades do dia a dia pode ser um grande motivador da depressão.


Porém, é importante ressaltar que não só a ansiedade pode gerar depressão, visto que é muito comum que o contrário também aconteça.


Além da genética, que pode fazer com que a pessoa desenvolva mais de um transtorno mental, é importante ter em mente que outros fatores precisam ser levados em consideração: personalidade, ambiente em que o indivíduo está inserido, entre outros.


Para ter um diagnóstico assertivo e adequado, é fundamental buscar um médico psiquiatra ou um psicólogo. E, para falar com alguém do nosso time, clique aqui!

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