A importância da saúde mental e uma cultura de autocuidado são temas muito falados nos dias atuais. No entanto, a saúde mental nem sempre é praticada. Algumas barreiras tentam minar os planos de quem busca um estilo de vida saudável e responde de forma decisiva às situações da vida.
Trabalho, tarefas domésticas, acúmulo de estresse, crises financeiras, relacionamentos desorganizados, amizades tóxicas… esses são alguns dos fatores que contribuem para o esgotamento mental e os transtornos mentais.
Embora seja impossível ficar sem um desses ou outros problemas, o autocuidado pode ajudar a reduzir a carga mental e emocional que o acompanha.
O que é a cultura do autocuidado?
O autocuidado é caracterizado por um conjunto de hábitos e comportamentos saudáveis que uma pessoa adota para promover seu bem-estar e saúde mental. A pessoa é então capaz de cuidar do seu corpo, das suas emoções, da sua vida profissional, das suas finanças, dos seus relacionamentos e muito mais.
O termo cultura do autocuidado refere-se à disseminação das práticas de saúde e à divulgação da importância de cuidar de si mesmo.
Esse cuidado deve ser feito em todos os momentos da vida, não apenas quando você está se sentindo para baixo ou mal. As provações e tribulações da vida cotidiana às vezes podem fazer com que as pessoas esqueçam os elementos de manutenção de sua saúde mental. Desta forma, vivem sob a influência constante de emoções, pensamentos e sentimentos negativos.
O estado da nossa saúde mental depende dos cuidados que temos conosco.
Nossa saúde é frequentemente atacada quando levamos um estilo de vida pouco saudável, trabalhamos em um ambiente estressante ou convivemos com pessoas difíceis. Para reverter essa situação, o ideal é buscar circunstâncias e relacionamentos agradáveis.
Pode parecer óbvio, mas nem todos acreditam que são capazes de tomar decisões que visem ao seu próprio bem-estar. Algumas pessoas pensam que para ter sucesso você tem que ficar em um emprego ruim ou sofrer com um chefe maquiavélico.
Mesmo quando estão no fundo do poço, não buscam se livrar dos seus problemas e incômodos emocionais.
Importância da cultura do autocuidado
A ênfase na saúde mental e a importância de uma cultura de autocuidado está mudando gradualmente as mentalidades. As pessoas estão começando a entender que reservar um tempo de cada dia para cuidar de si é essencial para viver bem.
Infelizmente, ainda existem pessoas que pensam que merecem o pior, colocam as necessidades dos outros antes das suas, intensificam seus vícios na tentativa de fazer se sentir melhores e estão mentalmente exaustas devido a escolhas erradas.
Esses indivíduos somente percebem o quanto danificaram a sua saúde mental quando uma doença psicossomática, transtorno mental ou enfermidade grave aparece.
Para modificar esse cenário, a mentalidade precisa ser de prevenção, não de tratamento. Fazer essa mudança, no entanto, não é uma tarefa simples.
De acordo com uma pesquisa de 2020 do IBOPE, encomendada pela Organização Global de Saúde Bayer, cerca de 84% dos brasileiros buscam praticar o autocuidado, mas apenas um terço consegue seguir.
Outra estatística chocante revelada pela pesquisa foi que três quartos dos participantes sentiram algum tipo de dor frequente. As maiores queixas foram relacionadas a dores nas costas (38%) e enxaquecas (31%). A frequência de dores sentidas pelas mulheres mostrou-se ainda maior, com 82% das respondentes afirmando sentir algum tipo de dor frequente.
Esses dados demonstram a necessidade de mudar a percepção dos brasileiros sobre a importância de proteger a saúde mental e uma cultura de autocuidado.
Como cultivar o autocuidado?
A maioria dos brasileiros gosta de se tratar cuidando de si. Embora exista um segmento de pessoas interessadas em atividade física, a motivação costuma ser estética. Quando a causa está relacionada à saúde, geralmente é por causa de um declínio na saúde ou sinais de comprometimento completo.
Uma cultura de autocuidado precisa ser vivida todos os dias para o bem do indivíduo e do coletivo. Há muitas maneiras de fazer isso que podem caber até mesmo nas rotinas mais movimentadas.
Muitas vezes, “a falta de tempo” é uma desculpa para não fazer as mudanças necessárias para ganhar mais saúde física e mental.
Construir um hábito, mesmo positivo, leva tempo e disciplina. Mudar significa ser forçado a interagir com o desconhecido, como você sabe que o novo não é realmente pior? Muitas pessoas, portanto, abandonam o hábito de reforçar o autocuidado.
No entanto, é impossível viver uma boa vida sem saúde mental. Para realizar sonhos, traçar e atingir metas, construir relacionamentos duradouros, forjar conexões profissionais, realizar projetos pessoais e, o mais importante, evitar o estresse, a prática do autocuidado é essencial.
Como praticar o autocuidado?
É importante esclarecer que o autocuidado não é apenas cuidar da sua aparência, muitas vezes é sobre isso. Embora esse cuidado seja necessário, não é o único. O autocuidado abrange todas as áreas da vida.
No trabalho, cuidar de si mesmo inclui ficar longe de fofocas, enfrentar intrigas sociais cara a cara, aprender novas habilidades, fazer cursos de atualização, estabelecer limites para que você nem sempre precise levar trabalho para casa e fazer pausas nos fins de semana.
Em casa, trata-se de manter um bom relacionamento com todos os moradores, estabelecer uma rotina consistente, ouvir as reclamações e desabafos alheios, ter o hobby de exercitar o cérebro nas horas vagas e ser responsável pela limpeza do quarto.
Em relação aos relacionamentos afetivos, o autocuidado refere-se à capacidade de resolver conflitos com sinceridade, respeitar a liberdade do outro, demonstrar afeto, controlar os ciúmes, ter uma boa relação com os familiares e amigos da pessoa amada, e demonstrar apoio e compreensão diante de problemas.
Resumidamente, o autocuidado deve se fazer presente a todo instante. Uma vez que você toma a decisão de priorizar seu bem-estar físico, mental e emocional, está cuidado de si mesmo.
Comments