Como muita gente sabe, o mês de outubro é marcado pela campanha internacional do Outubro Rosa. Trata-se de uma iniciativa que visa conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo do câncer de mama.
Inicialmente, o Outubro Rosa tinha como foco a conscientização sobre o autoexame das mamas em busca de alterações palpáveis que pudessem apontar cistos ou nódulos nas mamas ou axila, bem como incentivar mulheres com mais de 40 anos a fazerem exames anuais de prevenção.
Nas últimas décadas, no entanto, o número de mulheres que passaram a lidar com o câncer antes dos 40 anos aumentou, o que fez com que a campanha se tornasse ainda mais importante.
Pensando nisso, preparamos este conteúdo com o intuito de mostrar a você o que é, história e a importância do Outubro Rosa. Continue lendo e confira!
O que é Outubro Rosa?
Outubro Rosa é uma campanha anual realizada em todo o mundo no mês de outubro, com a intenção de alertar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo do câncer de mama.
Além disso, a iniciativa visa repassar dados preventivos e ressaltar a importância de olhar com amor e cuidado a nossa saúde, além de lutar por direitos como o atendimento médico e suporte emocional, promovendo e garantindo um tratamento de qualidade.
Durante o mês de outubro, inúmeras instituições empresariais, hospitalares e educacionais falam abertamente sobre o assunto a fim de encorajar mulheres a realizarem seus exames anuais. A campanha é fundamental para a prevenção do câncer, visto que em estágios iniciais, a doença é assintomática.
Qual a história do Outubro Rosa?
A iniciativa surgiu no ano de 1990 em um evento chamado ‘’Corrida pela Cura’’, que ocorreu em Nova Iorque, com o objetivo de arrecadar fundos para a pesquisa realizada pela instituição Susan G. Komen Breast Cancer Foundation.
É importante ressaltar que o evento acontecia sem o apoio de instituições públicas ou privadas. À medida em que a iniciativa cresceu, outubro foi instituído como o mês de conscientização nacional nos Estados Unidos, até ganhar visibilidade no resto do mundo.
A primeira ação no Brasil aconteceu em 2002, no parque Ibirapuera, no estado de São Paulo. Com a iluminação cor-de-rosa do Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista.
A partir de 2008, campanhas como essa se tornaram cada vez mais comuns. Inúmeras entidades que tratam doenças como câncer passaram a iluminar prédios e monumentos, repassando a mensagem: a prevenção é fundamental.
A relação das mulheres com o câncer de mama
De acordo com a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCECON), o câncer de mama é o mais temido entre as mulheres, devido a frequência de surgimento e, principalmente, por conta dos efeitos psicológicos.
O câncer de mama é raro antes dos 35 anos de idade, no entanto, após essa faixa etária, sua incidência cresce rápida e progressivamente.
É válido ressaltar que a campanha do Outubro Rosa foi reformulada pois muitas mulheres que faziam o autoexame e não encontravam nada, deixavam de ir ao médico para fazer seus exames. Mas isso não significa que o autoexame não é válido, viu?
Isso só significa que ele é mais um aliado na prevenção do câncer de mama, mas que não se pode só manter o autoexame como prevenção.
O autoexame pode ser realizado por mulheres de todas as idades, e a mulher precisa sentir-se confortável durante o processo. A consulta com o ginecologista precisa ser feita anualmente ou caso identifique alguma alteração nas mamas.
O que a psicologia tem a ver com o Outubro Rosa?
O psicólogo pode auxiliar a tratar ansiedade e a depressão, que podem surgir no decorrer do tratamento, bem como angústias, medos e aflições.
Além disso, cabe à psicologia a responsabilidade de contribuir com a psicoeducação e com campanhas educacionais que apresentem informações verídicas.
No caso das mulheres diagnosticadas com câncer de mama, é comum que essas tenham a autoestima abalada, o que pode gerar um grau elevado de ansiedade. Essa ansiedade acontece pelo receio desconhecido e pela hipótese de não lidar com o câncer.
É fundamental manter o pensamento positivo perante o processo. Caso haja a necessidade de falar, procure um psicólogo que possa ajudá-la a controlar a ansiedade e, também, a tratar a depressão.
Como o tratamento afeta o psicológico da mulher?
É fato que qualquer doença pode afetar o psicológico de um indivíduo. E, no tratamento do câncer de mama, isso vai variar de acordo com o tipo de tratamento.
Existem cirurgias que retiram parte da mama ou mesmo a mama inteira. Há, também, a quimioterapia que pode derrubar os cabelos, a sobrancelha, cílios e demais pelos do corpo.
A radioterapia, por sua vez, pode alterar a cor da pele da mama, além de gerar uma retração na mama, que pode causar angústia, depressão, ansiedade, baixa autoestima, medo, sensibilidade emocional, e tantas outras questões.
É comum que questões emocionais surjam durante o processo, uma vez que se trata de um tratamento em que os efeitos colaterais ocorrem modificando símbolos que a sociedade associa com a feminilidade. Dessa forma, a mulher pode ter o seu emocional abalado e, por consequência, a autoimagem, razão pela qual é preciso recorrer a ajuda psicológica.
Dependendo do caso, tudo que mencionamos acima pode levá-la a um estado de depressão grave que pode afetar inclusive o tratamento do câncer. A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama alerta para o risco de mulheres diagnosticadas com câncer de mama desenvolverem depressão.
Qual a importância do apoio psicológico e familiar?
O apoio da família e dos amigos é essencial neste processo. As pessoas devem lembrar que por mais preocupadas que estejam a paciente é a mais prejudicada, afinal é a vida dela; o corpo dela.
É fundamental contar com apoio, mas um apoio que não sufoque a mulher. Demonstrar preocupação é uma coisa, mas o excesso dela pode elevar ainda mais a ansiedade e os problemas emocionais da paciente.
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