A síndrome do impostor é um fenômeno muito comum nos dias atuais, principalmente entre os profissionais presentes no mercado de trabalho.
Você acha que não é digno do sucesso que alcançou? As pessoas exageram quando elogiam você? Seus esforços não são tão bons quanto a aprovação dos outros? Em última análise, essas crenças indignas levam a uma sensação desagradável: você é apenas um impostor.
Por alguma razão inexplicável, você conseguiu enganar uma sala cheia de profissionais e indivíduos competentes. No entanto, é apenas uma questão de tempo até que a máscara seja revelada. É isso que as pessoas com essa síndrome pensam.
Embora não seja oficialmente considerado um transtorno mental, a Síndrome do Impostor tem sido amplamente estudada no campo da psicologia. E se você tem como objetivo entender um pouco mais sobre a autossabotagem, continue lendo e confira!
O que é a Síndrome do Impostor?
Este termo foi originalmente usado pela Dra. Pauline Clance, no final dos anos 1970, a fim de definir um modelo mental de desconfiança nas habilidades de uma pessoa.
Pessoas com essa autoconsciência atribuem seu sucesso de suas conquistas à sorte, a ajuda de outras pessoas, o momento certo, conexões, charme e outros fatores que nada têm a ver com seus esforços pessoais.
Elas também têm medo de serem descobertas como uma "fraude". Por não acreditarem em suas próprias habilidades e inteligência, acreditam que outras pessoas podem chegar à conclusão de que, na verdade, não podem atingir o nível de excelência que lhes é atribuído.
Portanto, essas pessoas serão acusadas de enganar a todos. A maioria dos profissionais pode ter experimentado isso em algum estágio de suas carreiras. Como nem todos estão cientes de seu potencial, eles ficam amedrontados quando são considerados possuidores de habilidades e sabedoria.
Os fenômenos de impostores são igualmente comuns entre profissionais de sucesso e profissionais competitivos (como atletas, cientistas, empresários e artistas). A cada nova conquista, essas pessoas pensam que não estão fazendo o suficiente. A insatisfação com o próprio desempenho tende a aumentar e mais pensamentos de inadequação.
Sintomas da Síndrome do Impostor
Essa síndrome pode promover diversos comportamentos disfuncionais, que podem prejudicar o desempenho profissional e levar o indivíduo a acreditar que ele é, na verdade, um impostor. Afinal, se fosse tão bom, eu não estaria tão sujeito a cometer erros ou ser seduzido por emoções negativas, certo?
A síndrome do impostor tem muitos sintomas, os quais podem ser encontrados abaixo.
Procrastinação: este é um dos sintomas mais notórios das pessoas com essa síndrome. Adia compromissos e tarefas para que possam ser concluídas no último minuto, eliminando momentos de crítica ou avaliação. Assim, reduz-se a qualidade do trabalho.
Abandono de tarefas: tarefas são abandonadas por medo de não conseguir obter bons resultados.
Fazer comparações: a comparação de pessoas com essa síndrome é constante. Elas não podem estar satisfeitas consigo mesmas, então comparam seus talentos, realizações e carreiras com os de outras pessoas.
Excesso de trabalho: para tentar alcançar o ideal em suas mentes e combater possíveis suspeitas de terceiros acerca de seu merecimento, essas pessoas passam muito tempo trabalhando. Assim, são mais suscetíveis ao burnout e esgotamento psicológico.
Autossabotagem: todos os sintomas são consequência de uma tentativa árdua, inconsciente (ou não) e contínua de autossabotagem.
Dicas para combater a Síndrome do Impostor
Agora que você já sabe o que é a Síndrome do Impostor, entende como ela pode ser prejudicial para o crescimento pessoal e profissional, certo?
Ainda que de forma inconsciente, a pessoa que acredita ser uma impostora colabora para a sua própria queda de performance no ambiente profissional. Como ela está preocupada demais em esconder o que pensa existir de ruim em si mesma, deixa de se concentrar em seus atributos fortes e talentos.
Esse tipo de mentalidade contraditória é, na maioria das vezes, muito comum, independentemente de profissão, idade, gênero e origem. O foco nos receios, dúvidas e pensamentos negativos acaba trazendo para perto tudo o que é temido.
A seguir, veja as dicas que separamos para combater a autossabotagem proveniente da sensação de ser um impostor.
1. Evite comparações desnecessárias
Você pode ter todos os tipos de inspiração, perto e longe, para incentivá-lo a se tornar uma pessoa melhor, um profissional competente. No entanto, as comparações com eles devem ser evitadas a todo custo.
Você e seus vizinhos são pessoas com diferentes personalidades, experiências e jornadas. Como fazer uma comparação justa nesta situação? É meio difícil, certo? Todo mundo tem seus próprios pontos fortes e habilidades, então não faz sentido sentir orgulho apenas do que os outros fizeram. Concentre-se no que você já tem!
2. Tenha um mentor
Procure um mentor ou consultor para orientar a sua carreira carreira. Essa pessoa pode ajudá-lo a desenvolver habilidades, resolver fraquezas e eliminar inseguranças. Além disso, o conselho de um mentor costuma ser mais fácil de aceitar porque não é de um concorrente.
3. Compartilhe angústias e preocupações
Compartilhe suas preocupações com outras pessoas. Amigos e familiares próximos, colegas de confiança, cônjuges e psicólogos são as pessoas mais prováveis para ter esse tipo de conversa.
Pessoas experientes podem compartilhar percepções valiosas e garantir a você que esse sentimento é completamente normal. Saber que outras pessoas estão na mesma posição também pode tornar a experiência menos assustadora.
4. Aceite que você é imperfeito
Você, como todo mundo, não é perfeito. Isso significa que todo mundo comete erros e que ninguém é perfeito. Pode até ser difícil para você aprender e realizar o que sempre imaginou fazer, e tudo está bem!
Aceite seu estado imperfeito e invista no que pretende fazer, sem grandes expectativas ou exigências para ser o melhor. Se não funcionar, não tem problema. Comece de novo até estar satisfeito. Da mesma forma, mesmo após o sucesso, mantenha a mente aberta quanto à possibilidade de cometer erros.
5. Não alimente pensamentos autossabotadores
Quando pensamentos autodestrutivos surgirem, apenas observe-os. Não interaja com eles. Deixe-os entrar e sair naturalmente, como se não tivessem nenhum efeito em sua vida. Esse exercício ajudará você a manter o foco somente em pensamentos que incentivam a produtividade e autoconfiança.
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