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Síndrome de burnout: o que é, causas e como prevenir



Em janeiro de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou incluir a síndrome de burnout na lista da 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), como um “fenômeno ocupacional”.


Isso é importante porque pode fornecer uma imagem mais clara dos transtornos mentais que afetam a vida de milhões de pessoas. Segundo a International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país com maior número de pessoas acometidas pela doença.


A falta de conhecimento sobre o burnout e seus sintomas continua sendo um grande problema. Por isso é tão necessário falar sobre esse tema sem tabus. Existem maneiras de prevenir e tratar o burnout, e você pode aprender mais neste artigo!


O que é a síndrome de burnout?


A síndrome de burnout é um transtorno psiquiátrico caracterizado por esgotamento mental, bem como estados de estresse devido às condições de trabalho desgastantes.


Confira o texto que descreve a síndrome de burnout na nova Classificação Internacional de Doenças:


O esgotamento é uma síndrome conceituada como resultado do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso. É caracterizada por três dimensões:


1. sentimentos de esgotamento ou exaustão de energia;


2. aumento da distância mental do trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao trabalho;


3. eficácia profissional reduzida. O esgotamento refere-se especificamente a fenômenos no contexto ocupacional e não deve ser aplicado para descrever experiências em outras áreas da vida. (QD85 Burn-out)


A seguir, alguns exemplos de áreas de atuação que acabam sofrendo mais com o distúrbio:


médicos;

publicitários;

professores;

advogados;

policiais;

psicólogos;

bancários.


Qual a diferença entre estresse e burnout?


Muita gente ainda confunde estresse e burnout, por isso, é muito importante entender as diferenças para saber quando é necessário procurar ajuda.


O estresse não é uma doença, mas pode ser um gatilho. É assim que o corpo responde a diferentes situações e exige um grande esforço emocional. Os problemas surgem quando as situações estressantes não são superadas e se tornam muito frequentes ou persistentes. Neste caso, é possível começar a ter sequelas que podem se tornar doenças.


O estresse pode vir de problemas em diferentes áreas da vida, não apenas profissionais. Quando persistentes, os sintomas físicos se desenvolvem após um período de tempo, como: alergias, doenças de pele, refluxo, doenças intestinais, doenças autoimunes, etc.

  • exaustão: sensação de que está indo além dos limites sem recursos físicos ou emocionais para lidar com as situações;

  • ceticismo: reação negativa diante das dificuldades, falta de interesse e preocupação com o trabalho;

  • ineficácia: sensação de incompetência, improdutividade.

Além disso, a síndrome de burnout, se não tratada, pode levar a um estado profundamente depressivo. Por isso, já é muito importante procurar ajuda profissional quando os primeiros sinais aparecerem.


Quais são os sintomas de burnout?


O diagnóstico é clínico e leva em consideração a investigação do histórico médico do paciente e sua relação de trabalho. É comum as pessoas não procurarem ajuda por não conhecerem ou reconhecerem os sintomas, e afinal, a grande maioria das pessoas acha que é apenas um cansaço temporário.


Para evitar isso, é importante que os indivíduos observem atentamente como sua vida profissional afeta sua saúde. Uma dica é prestar atenção em como seu corpo responde quando você chega e sai do local de trabalho. Sintomas físicos como dores de cabeça e chiado no peito podem ser um sinal de que algo está errado. Além disso, o desânimo e a falta de concentração na realização das tarefas também são sinais de que as coisas não estão indo bem.


Preste atenção aos sinais do seu corpo e não espere os sintomas piorarem antes de procurar ajuda. Independentemente do seu diagnóstico de burnout, você pode precisar de orientação profissional para cuidar da sua saúde mental.


Quais são as principais causas do esgotamento mental?


Lembre-se, o burnout é o resultado do estresse crônico e do estresse emocional, ambos criados no ambiente de trabalho, seja devido a condições físicas, emocionais ou psicológicas exaustas.


Portanto, ao analisar suas possíveis causas, é necessário atentar para o cotidiano profissional do indivíduo e compreender as possíveis causas do transtorno. Os principais fatores que geralmente afetam são:


Muitas horas extras no ambiente de trabalho


Profissionais que trabalham a noite toda e têm pouco tempo para lazer e descanso podem ser muito afetados pelo esgotamento mental. O desgaste físico e emocional nesses casos é muito alto e pode resultar no burnout.


Pressão excessiva


Alguns ambientes de trabalho estressam seus funcionários de várias maneiras. Claro, mais ênfase e firmeza podem ser necessárias em alguns casos, mas isso não significa pressão desumana sobre os funcionários.


Metas inalcançáveis


Objetivos inalcançáveis ​​também são uma questão cotidiana para muitos profissionais de burnout. Algumas empresas simplesmente não têm recursos ou conhecimento para chegar onde querem e tentam extrair milagres de seus funcionários. Tudo isso torna o ambiente hostil e leva à exaustão emocional.


Conflitos e competitividade


Muito conflito também é problemático. Imagine trabalhar em um lugar onde você briga e grita todos os dias. A falta de harmonia pode criar uma rotina excessivamente tensa e negativa.


A competitividade também pode ser muito nociva, criando um quadro de colaboradores que passam dia a e noite se enxergando como inimigos e não como aliados.


Ambiente inadequado


Falta de ventilação, móveis inadequados e problemas de equipamentos técnicos também são fatores contribuintes. Se não forem bem cuidados, podem acabar pesando na balança.


Como prevenir o esgotamento mental?


O burnout pode ser prevenido com estratégias que visam reduzir o estresse e o estresse no trabalho. Confira alguns deles:

  • Certifique-se de ter tempo livre com amigos e familiares quando não estiver trabalhando;

  • Evite estar perto de pessoas negativas que falam mal de outros funcionários e da própria empresa;

  • Não beba ou fume excessivamente, pois podem aumentar a insanidade e fazer tudo parecer pior do que realmente é;

  • Sempre que possível, tente sair da rotina e fazer algo diferente para dar um descanso à mente e se divertir;

  • Pratique atividade física regular;

  • Tenha bons hábitos de sono, pelo menos 8 horas por noite;

  • Evite trabalhar onde a cultura é muito incompatível com seus valores e o que é importante para você;

  • Esteja atento às necessidades do seu ego e tente desacelerar quando sentir que não consegue lidar com tudo o que precisa fazer;

  • Estabeleça um canal de diálogo com seu chefe para tentar discutir possíveis mudanças e melhorias;

  • Faça pausas ao longo do expediente para oxigenar o cérebro e ser mais produtivo;

  • se você é gestor ou CEO, aprenda a delegar funções para as pessoas certas para descentralizar o trabalho e diminuir a carga de tarefas;

  • Não abra mão das suas férias, pois são fundamentais para “recarregar as baterias”;

  • sempre que possível, evite ler e-mails e mensagens do trabalho fora do expediente, incluindo seu horário de almoço e intervalos.

Lembre-se que buscar ajuda não é motivo de vergonha. Caso perceba que está esgotado mentalmente, não hesite em buscar auxílio.




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